O Rio Grande do Sul já tem os seus casos de gripe aviária.
O Ministério da Agricultura confirmou, nesta segunda-feira (29), que o diagnóstico foi feito em 60 aves mortas ou em recuperação.
Os casos foram registrados na Reserva Ecológica do taim, que fica entre os municípios de Rio Grande e Santa Vitória do Palmar.
A primeira ave silvestre detectada com o vírus foi da espécie Cygnus melancoryphus, conhecida como cisne-de-pescoço-preto, e estava no Uruguai, a 150 quilômetros da fronteira com o Rio Grande do Sul.
As autoridades monitoram o estado e já visitaram 74 propriedades rurais da região afetada para impedir que a doença se propague. Até o momento, o RS não tem nenhuma notificação do vírus em aves domésticas ou de criadores; não afetando, assim, o consumo interno nem a exportação da carne de frango.
- Todas as aves encontradas mortas ou com sinais da enfermidade foram eliminadas conforme o protocolo sanitário que envolve a incineração em vala aberta para tal fim, assim como a queima das roupas usadas pelos agentes durante a coleta. Também é colocada uma tela em cima para que nenhum animal tenha acesso aos restos - explicou a Diretora do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal da Secretaria da Agricultura do RS, Rosane Collares.
De janeiro a maio deste ano, o Rio Grande do Sul já realizou 2.295 intervenções de vigilância ativa no estado e manteve em observação de 1,82 milhões de aves.
A preocupação com a população de frangos é grande porque o estado é o 3º maior produtor dessa proteína no Brasil e o quinto maior em ovos.
Segundo dados da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), em 2022, os gaúchos foram os responsáveis por 755,64 mil toneladas da carne. Uma receita de US$ 1,51 bilhão no exercício de 2022 e alta de 28,4%, se comparado com 2021.
Já com relação à exportação de ovos, o setor aumento em 37,8%, pulando de 1,99 mil toneladas para 2,75 mil toneladas em 2022, com receita de US$ 8,9 milhões no ano passado.
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