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MST volta a invadir fazenda da Embrapa em Pernambuco

O MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) anunciou neste domingo (14) a reocupação de uma fazenda da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) em Petrolina (713 km do Recife) que havia sido invadida duas vezes no ano passado. 

Outras duas ações foram realizadas em Pernambuco, segundo a entidade, publicou o jornal Folha de São Paulo.

Segundo movimento, o governo federal não cumpriu os compromissos para assentamento das famílias que deixaram o local em julho do ano passado.

"Só saímos com o compromisso do governo federal, assinado em uma pauta para assentar todas as 1.316 famílias acampadas. Saímos com a Embrapa com esse compromisso, com 17 pontos acertados e nenhum foi cumprido. Voltamos para lutar que o governo cumpra a pauta acertada no ano passado", afirmou Jaime Amorim, da direção nacional do MST

E prosseguiu, criticando fortemente o governo:

"É muita irresponsabilidade a forma como estão tratando a reforma agrária."

A fazenda da Embrapa em Petrolina foi invadida pela primeira vez em abril do ano passado. 

Segundo a Folha de SP, a ação do MST na ocasião estremeceu a relação do MST com o governo Lula, que endureceu declarações contra o movimento, temendo que as ações causassem desgaste para o governo, principalmente com o agronegócio. 

Havia receio também de que a mobilização atrapalhasse o andamento de pautas de interesse da gestão Lula no Congresso.

Em julho, a fazenda da Embrapa voltou a ser invadida dias antes do Semiárido Show. A feira, que costuma acontecer no mês de agosto, apresenta novas tecnologias para os agricultores familiares da região, costuma receber mais de 20 mil pessoas vindas de diferentes estados do Nordeste.

Dias depois, entretanto, o local foi novamente deixado pelos invasores.

Além do assentamento das famílias, o MST cobra a transformação da unidade avançada do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) de Petrolina em uma superintendência.

Além da fazenda da Embrapa, o MST afirma ter ocupado uma área de 1.500 hectares da Codevasf (Companhia de Desenvolvimentos dos Vales do São Francisco e do Parnaíba) utilizada pela Embrapa em Petrolina, e a outra na zona da mata no norte do estado, numa área remanescente da Usina Maravilha, desde 2014 em processo de desapropriação.

"Nós temos essa garantia de garantir a desapropriação das usinas devedoras como um todo. E não anunciar a desapropriação apenas dos engenhos. Isso é favorecer os usineiros", afirmou Amorim.

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