A produção total de carnes no Brasil deverá aumentar 3,9% em 2024 para 30,9 milhões de toneladas, resultando em uma alta na disponibilidade interna de proteínas, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
“A maior quantidade de carnes disponíveis no mercado interno é um bom indicativo para os consumidores. Mas além desse aumento na produção, os preços dos insumos para alimentação animal estão menores para o criador. Essa combinação de fatores tende a sustentar os preços das carnes em patamares mais baixos para os brasileiros e as brasileiras”, disse o presidente da Conab, Edegar Pretto, em nota.
O Brasil deverá produzir 10 milhões de toneladas de carne bovina em 2024, alta de 5,1% em relação a 2023. As exportações do produto são estimadas em 3,5 milhões de toneladas, alta de 15,7% na comparação anual. A disponibilidade interna de carne bovina deve ficar em 6,6 milhões de toneladas, 0,2% acima do registrado em 2023.
“O bom volume produzido ainda é reflexo do ciclo pecuário iniciado no ano passado, com uma alta nos abates motivada por descarte de fêmeas”, disse o gerente de Fibras e Alimentos Básicos da Conab, Gabriel Rabello.
A produção brasileira de carne de frango deverá aumentar 3,1% em 2024 para 15,4 milhões de toneladas, e a disponibilidade interna do produto é estimada em 10,3 milhões de toneladas, 4,3% acima do registrado em 2023 e a terceira maior da série histórica. As exportações deverão subir 0,9% para cerca de 5 milhões de toneladas.
“A maior produção e, consequentemente, oferta das demais proteínas impacta no mercado interno, pressionando os preços da carne de frango para baixo no país, fazendo com que haja uma tendência de elevação da demanda, o que influencia na maior disponibilidade do produto”, disse Rabello.
Já a produção de carne suína deverá crescer 3,7% para 5,5 milhões de toneladas. As exportações da proteína são estimadas em 1,29 milhão de toneladas, 6,6% acima do ano passado, devido à abertura de novos mercados.
Apesar da alta nos embarques, a disponibilidade interna de carne suína deverá aumentar 2,8% para 4,22 milhões de toneladas em 2024.
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Fonte: Carnetec
