"Ferrogrão não se trata de direita e esquerda, mas do desenvolvimento do Brasil", diz presidente da Aprosoja-MT (Assista)


Em agosto de 2021, o ex-ministro da Infraestrutura e hoje governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), comemorava o envio do
projeto da Ferrogrão ao Tribunal de Contas da União (TCU). Naquela época, o engenheiro denominava o projeto como "fundamental" para o Brasil porque escoaria grandes produções do Mato Grosso pelo Arco Norte do país, os portos do Pará; diminuindo consideravelmente os custos dos agricultores.
- Investir em logística é reduzir gastos e preços de tarifas e não temos nada mais que vai transformar a logística no Brasil como a Ferrogrão. Mato Grosso quer a ferrovia. O Brasil quer a Ferrogrão. E a única coisa que podemos fazer é trabalhar para que ela aconteça, pois nosso produtor precisa de eficiência é agora - disse Tarcísio.
A obra, estimada em mais de 900 quilômetros de extensão, seria importante rota de escoamento da produção de milho, soja e farelo de soja Centro-Oeste pelo Arco Norte do país, ligando Sinop (MT) ao porto de Miritituba (PA). Era o início de um sonho, mas deu tudo errado.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não conseguiu se eleger e o governo atual não parece estar muito voltado para as mazelas que envolvem o agronegócio do país, setor que movimenta mais de 24% do PIB nacional.
O presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho (Aprosoja-MT), Fernando Cadore, tem feito apelos desesperados para o governador do estado, Mauro Mendes (União Brasil), intervir na questão junto ao Governo Lula (PT).
Para se ter ideia, a Câmara Setorial Temática (CST) da Assembleia Legislativa criou um documento ressaltando a importância da ferrogrão para o setor produtivo e vai encaminhar o relatório para todos os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e Confederação Nacional da Agropecuária (CNA), que são partes do processo.
- A gente vem num ambiente colaborativo das entidades, com a Assembleia Legislativa, que faz um excelente trabalho no intuito de destravar uma obra que está paralisado por questões ambientais. O intuito é pautar tecnicamente, para que a decisão do STF destrave essa tão importante ferrovia - enfatizou Cadore.
O Procurador-Geral da República (PGR), Augusto Aras, já se manifestou a favor da construção da ferrovia e disse que a proposta vai ao encontro do que o Governo Federal planeja para o Brasil: desenvolvimento sustentável com redução de emissão de gases poluentes.
- A redução de 0.054% da área do Parque Nacional do Jamanxim para a construção de ferrovia destinada ao escoamento de produção agrícola, além de diminuir a emissão de poluentes por caminhões de transporte de cargas, ajusta-se com fidelidade ao princípio constitucional do desenvolvimento sustentável - destacou Aras.

Enquanto a obra não sai do papel, os produtores do Centro-Oeste lutam para se equilibrar nas finanças, gerar empregos e fazer as commodities chegarem a outros portos do Brasil, por rotas infinitamente maiores, mais inseguras e com custos multiplicados.
- Inadmissível que quem compõe o Governo não conheça o que, de fato, a sua população necessita - lamentou Cadore.
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