O Paraná encerrou a colheita da batata de primeira safra, com 392,2 mil toneladas extraídas da terra. O volume foi 15% menor que a previsão inicial de 462,2 toneladas feita pelo Departamento de Economia Rural (Deral), devido às condições climáticas desfavoráveis. A segunda safra já está a campo e, se o clima continuar ajudando, pode garantir safra cheia.
Esse é um dos assuntos analisados no Boletim de Conjuntura Agropecuária referente à semana de 01 a 08 de março. O documento é elaborado pelos técnicos do Deral, órgão da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab).
Nesta primeira safra, o Estado cultivou 14,7 mil hectares, dos quais 50 hectares foram perdidos. As 392,9 toneladas colhidas já foram beneficiadas, classificadas e comercializadas.
“O excesso de chuvas e as altas temperaturas durante o período influenciaram na qualidade, oferta e preços do tubérculo”, acentua o engenheiro agrônomo Paulo Andrade, analista da cultura no Deral. Os preços médios nominais mensais recebidos pelos produtores para a batata lisa praticamente dobraram entre novembro e o mês passado. A saca de 25 quilos passou de R$ 52,08 para R$ 100,64.
No atacado da Ceasa Curitiba, a batata comum especial lavada custava R$ 160,00 a saca de 25 quilos em 2 de janeiro, passou para R$ 190,00 em 29 do mesmo mês e no início desta semana estava em R$ 120,00. No varejo, a batata comum saia por R$ 3,18 o quilo em novembro. Em fevereiro foi comercializada a R$ 8,82.
Para a segunda safra, os bataticultores paranaenses já semearam 81% dos 10,9 mil hectares previstos. A colheita já atinge 2%. Segundo os técnicos que acompanham a cultura, 94% estão em boas condições e o restante, medianas.
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