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Cebola é incluída em Programa de Zoneamento de Risco Climático

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) acaba de inserir a cebola no Programa Nacional de Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc) para todas as regiões produtoras do país.

Os estudos que subsidiaram a criação da Portaria foram coordenados pela Embrapa Hortaliças (Brasília – DF) no âmbito da Rede Zarc com o apoio do ministério.

O Zarc delimita as áreas e épocas de baixo risco climático para a implantação e produção da cultura no Brasil. O pesquisador da Embrapa Hortaliças, Marcos Braga, reforça que o objetivo é subsidiar os produtores com informações sobre os riscos agroclimáticos, com o intuito de reduzir perdas de produção e obter rendimentos mais elevados.

Os resultados do Zarc da cebola abrangem todas as regiões produtoras e os plantios de verão e inverno, contemplando cultivos de sequeiro e irrigado. Em função da diversidade de cultivares e de ciclos de plantios, que variam de acordo com a região e época de plantio, o Zarc classificou as cultivares tropicais e de clima temperado em sete grupos e considerou ciclos médios de produção, conforme a duração média do ciclo e das fases de interesse, para a avaliação de risco.

Ao seguir as recomendações contempladas no Zarc, os agricultores ficam menos sujeitos aos riscos climáticos e ainda podem ser beneficiados pelo Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro) e pelo Programa de Subvenção ao prêmio do Seguro Rural (PSR). Ressalta-se, também que muitos agentes financeiros, caso exista o Zarc para a cultura, só liberam o crédito rural para cultivos em áreas zoneadas, é o caso dos médios produtores que acessam o Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp).

Por ser uma cultura presente em todas as regiões brasileiras, o pesquisador faz a seguinte ressalva: “é fundamental que os produtores utilizem somente cultivares testadas e recomendadas para cada local e época do ano, baseando-se sempre na orientação técnica de empresas de assistência e de extensão rural habilitadas na área”.

No Zarc, as datas (decêndios) de plantio em municípios favoráveis para o cultivo da cebola, foram classificadas de acordo com o nível de risco climático de 20%, 30%, 40% em função dos seguintes critérios:

- Deficiência hídrica severa ao não atingir o limite mínimo do índice de satisfação das necessidades de água (ISNA), em sistema de sequeiro;

- Temperaturas muito baixas e deletérias à cultura por meio da probabilidade de ocorrência de valores de temperaturas mínimas menores ou igual a 11°C;

- Temperaturas muito altas e deletérias à cultura por meio da probabilidade de ocorrência de valores de temperaturas máximas superiores a 34°C;

- Excesso de chuva ou excesso hídrico deletério à cultura por meio da probabilidade de ocorrência de precipitação acumulada maiores que 130mm na fase final de maturação e na colheita;

- Excesso de chuva ou excesso hídrico por meio da probabilidade de ocorrência de precipitação acumulada maiores que 150 mm, na fase de implantação da cultura quando feita por meio de semeadura direta ou plantio de mudas;

- Excesso de chuva ou excesso hídrico por meio de probabilidade de ocorrência de precipitação acumulada maiores que 210mm, na fase de implantação da cultura quando feita por meio de bulbinhos.

Cultivo da cebola no Brasil

Na escala mundial, atualmente, o Brasil ocupa a 13ª posição com uma produção estabilizada em torno de 1,6 milhão de toneladas ao ano. Em virtude da extensão do território e da diversidade do clima, é possível ter diversas safras de cebola ao longo do ano. A produção concentra-se nos meses de março a novembro na maior parte das principais regiões produtoras, e abastece quase que exclusivamente o mercado interno. Já na região Nordeste, principalmente nos Estados da Bahia e Pernambuco, o cultivo de cebola ocorre durante todo o ano.

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Com informações do Mapa

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