desktop_noticias_topo

Lula e o agro: Declarações agressivas do presidente e Alckmin “bombeiro”

As declarações agressivas de Lula (PT) a respeito do agronegócio brasileiro, setor importantíssimo para o PIB do país que já chegou a contribuir com mais de 26% da economia nacional, não tem ajudado muito a diminuir a tensão entre os dois polos.

Quando ainda era candidato à presidência do Brasil, o petista deixou claro o que achava dos ruralistas e do grande apoio que os produtores davam à reeleição de Jair Bolsonaro (PL).

Passado o pleito eleitoral, no entanto, ao invés de buscar o entendimento entre os setores que movimentam a economia, Lula foi para o lado oposto e fez questão de mostrar que o Governo apoiava o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) que, por sua vez, já invadiu 56 propriedade rurais em todo o Brasil em apenas quatro meses de gestão do PT.

Com a corda esticada, o Legislativo pedindo a instalação da CPI do MST que investigará quem está bancando as ações do movimento social; Lula viaja para o exterior mas deixa uma lição-de-casa para os seus principais ministros: quer que todos participem da Feira Nacional da Reforma Agrária promovida pelos invasores para comprovar que o governo está intimamente ligado ao grupo.

Pois bem. Essa foi a gota d'água para os agricultores. Integrantes da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) almoçaram com o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, e claro, cobraram satisfações sobre o posicionamento do terceiro mandato de Lula referente às invasões de terra e quiseram saber mais sobre o "alinhamento" entre eles.

Alckmin, como sempre contido, fez o papel de "bombeiro" do explosivo Lula e comentou a deputados e senadores que também é contra as ocupações e reafirmou que "tem total respeito à propriedade privada".

- Em caso de invasão, não tem que ter nem decisão judicial, tem que ter a reintegração de posse imediata. Eu sou do diálogo, vamos conversar, vamos procurar resolver. É preciso construir pontes - avisou aos parlamentares.

O problema é que Lula não está afim de conversa. Já disse que o agro é fascista. Chamou a elite brasileira de escravista. Estapeou aclasse média acusando-a de possuir mais bens do que precisava, enquanto usava um relógio Piaget. 

Do lado de fora, o que parece é que, enquanto Alckmin tenta gentilmente apagar o incêndio, o líder da extrema-esquerda está por trás tocando fogo no milharal.

Mas, não é só isso: ainda que o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, Geraldo Alckmin e outros integrantes do governo afirmem publicamente ser contra as invasões de terra promovidas pelo MST e a FNL; o que o agricultor precisa é de ações que lhe deem segurança para trabalhar em paz.

- O vice-presidente disse que não aceita invasões de terra, assim como disse o ministro Fávaro, assim como disseram outros integrantes do governo, o que a gente precisa fazer é deixar claro isso - cutucou o presidente da FPA, deputado Pedro Lupion (PP-PR).

E acrescentou:

- Ninguém gosta de se aproximar de quem te xinga. É óbvio que isso atrapalha e atrapalha muito. Ultimamente, cada vez que o presidente Lula abre a boca e tem afastado mais os aliados e é por isso que a base do governo no Congresso não existe - completou o parlamentar.

Para implodir de vez a relação com o agro, enquanto os ruralistas conseguiam aprovar a CPI do MST, que investigará quem banca e de onde saem os recursos para as ações dos invasores; Lula deu um golpe fatal contra o agronegócio brasileiro e tirou na marra a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) de dentro do Ministério da Agricultura e a transferiu para o recém-criado Ministério do Desenvolvimento Agrário. 

A movimentação, muito mais que uma provocação, é vista pela FPA como uma armadilha para um dos setores mais prósperos do Brasil.

- A Conab, que é o órgão pensador do agro brasileiro, que faz os planejamentos, que vê o tamanho da safra, quanto vamos precisar de seguro, tem de estar próxima do ministro da Agricultura e da equipe do ministério. Não há lógica nessa divisão - lamentou Lupion a administração ideológica do atual presidente.

Siga as nossas redes sociais:

Siga o Jornal do Agro Online no Telegram e receba diariamente as principais notícias do Agro:

https://t.me/jornaldoagroonline

Curta nossa página no Facebook:

https://www.facebook.com/profile.php?id=100090837996028

Instagram: https://www.instagram.com/jornaldoagroonline/

TikTok: tiktok.com/@jornaldoagroonline

Mostrar comentários