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Santa Catarina vai produzir vinhos finos com uvas sustentáveis

A Epagri e a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) estão recomendando para cultivo em Santa Catarina as variedades de uvas viníferas Felícia e Calardis Blanc. As duas são uvas Piwi, o que significa que viabilizam a produção de vinhos finos com mais sustentabilidade ambiental e econômica.

O termo Piwi é derivado da palavra alemã “pilzwiderstandsfähigen”, que significa resistente a doenças fúngicas. Trata-se de um grupo de variedades de uvas obtidas nos últimos anos via melhoramento genético, oriundas de cruzamentos de variedades viníferas com espécies selvagens. O objetivo é reunir numa só planta a qualidade das viníferas e a resistência à doença das selvagens, permitindo a produção de vinhos finos com menos custos e impactos ambientais reduzidos.

A uva Felícia combina genes de resistência ao míldio e ao oídio e apresentou redução de mais 60% em tratamentos fitossanitários quando comparada com variedades viníferas tradicionais. Ela se destaca pela produtividade muito alta, produzindo uma média de 18 toneladas por hectare em espaldeira, índice que pode aumentar ainda mais, dependendo do sistema de condução adotado.

Apresenta ainda alta fertilidade de cacho, produzindo, em média, mais do que dois cachos por ramo, o que é bem acima da maioria das variedades. Tanto as bagas quanto os cachos são grandes, com peso médio de 200g por cacho, o que pode demandar raleio.

Com grande potencial para produção de espumante, a Calardis Blanc também apresentou redução de mais de 60% de tratamentos fitossanitários em relação às variedades tradicionais de Vitis vinifera. Combina genes de resistência ao míldio, ao oídio e ao black rot.

Tem alta produtividade, produzindo pelo menos 15 toneladas por hectare em cada safra, podendo chegar a 20 toneladas, mas se mantendo na média de 16 a 17 toneladas por hectare quando conduzidas em espaldeira. É uma variedade muito fétil, produzindo em média 2,5 cachos por ramo. Seus cachos são de tamanho médio, com cerca de 130 gramas cada. Pode demandar raleio.

O estudo é financiado pela Fapesc e a Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária é parceira da pesquisa, por meio do Fundo de Desenvolvimento Rural.

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Fonte: Epagri-SC

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