O baixo volume de chuva e as altas temperaturas entre a semana do Natal (dezembro de 2023) e os primeiros dias de 2024 causaram um impacto na soja do norte do Paraná. Em algumas propriedades onde a chuva não caiu, a perda da safra pode chegar a sua totalidade. No final do ano, a chuva foi bastante irregular e não atingiu grandes áreas.
Nas últimas duas semanas, choveu em algumas áreas do norte do estado que ajudaram na recomposição do déficit hídrico, porém essa precipitação não reverte o quadro de abortamento observado em uma das três propriedades de Carla Rossato, no município de Santa Mariana, no Paraná.
“A situação agora é de avaliação do tamanho da quebra. Estou com técnicos, pesquisadores e especialistas em campo para dimensionar o estrago e quais talhões ainda poderão ser colhidos nesta propriedade”, relata Rossato.
Diante desse cenário, a probabilidade de redução na produtividade aumenta a cada dia de maneira significativa, visto que a maioria das lavouras se encontra na fase de formação de grãos. Regiões vizinhas como como Cornélio e Primeiro de Maio também apresentam áreas com quebras.
“Andando pela lavoura o que se observa é falhas dentro das entrelinhas. A falta de chuva generalizada diminuiu a umidade do solo e o calor prejudicou o desenvolvimento da soja. No município de Santa Mariana, teve lugar que choveu, mas em outras áreas, principalmente na área rural não ocorreu precipitação ou choveu de forma muito irregular com acumulados abaixo de 10 milímetros”, lamenta Rossato.
A soja está em sua maioria em fase de enchimento de grão, iniciando a maturação. Algumas localidades paranaenses iniciaram a colheita das primeiras áreas da oleaginosa, parte delas localizadas em regiões de solo arenoso.
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Fonte: Agroclima / Angela Ruiz
