Mesmo com uma retração anual de 10%, o Brasil manteve o status de segundo maior exportador mundial de algodão em 2023. Com o embarque de 1,618 milhão de toneladas ao exterior de janeiro a dezembro, o País movimentou uma receita de US$ 3,07 bilhões no ano.
O desempenho já era previsto pela Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa).
“A safra 2022/2023 foi impactada por efeitos climáticos adversos, e com isso tivemos um volume menor para exportar. A conjuntura mundial também foi desafiadora para o algodão”, observa o presidente da Abrapa, Alexandre Schenkel.
Dois conflitos armados, ainda em curso, afetaram a economia mundial: Rússia/Ucrânia e Israel/Palestina. Com a instabilidade nos mercados internacionais, manteve-se a tendência de alta tanto na inflação como nas taxas de juros, desacelerando a economia em vários países. O resultado foi uma queda na demanda por algodão, com as indústrias têxteis operando em ritmo menor ao longo de 2023 e, consequentemente, importando menos.
O otimismo se explica: 74% das exportações de 2023 (1,194 milhão toneladas) ocorreram de julho a dezembro, superando em 24% o registrado no mesmo período de 2022.
“De 2018 para cá, esta foi a segunda melhor marca”, afirma Marcelo Duarte, diretor de Relações Internacionais da Abrapa.
Com a receita gerada pelas exportações em 2023, o algodão firmou-se também como a sétima maior cadeia produtiva brasileira. O produto teve 2% de participação na receita total de US$ 167,5 bilhões de acordo com ranking de exportações do agronegócio elaborado pelo instituto Insper.
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Fonte: Mais Soja / Abrapa