Pesquisadores desenvolvem soluções corretas para melhorar uso dos defensivos agrícolas

O projeto de 2018 integrou sete centros de pesquisas da Embrapa, o Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag), dez universidades, duas empresas de consultoria e tecnologias de aplicação e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Os pesquisadores descobriram que a forma como se usa o defensivo agrícola, o mecanismo utilizado para pulverizar e a forma como será feita - se terrestre ou aérea - contribuem siginificativamente para a eficiência do resultado e a deriva, que é quando a aplicação não atinge o alvo.

O estudo abrangeu as lavouras de soja, arroz, laranja e cana-de-açúcar no Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste do país e descobriu que as estratégias de aplicação dos fitossanitários modificam para cada região brasileira e, dependendo da tecnologia empregada, pode reduzir a deriva em até 79%; além de proteger a cultura de forma eficaz.

Por exemplo, para plantações de soja e cana-de-açúcar, os atomizadores rotativos são os adequados para combater as lagartas (Anticarsia gemmatalis e Pseudoplusia includens) e os percevejos (Euschistus heros, Nezara viridula e Scaptocoris castanea) porque possuem bicos hidráulicos ajustáveis, que reduzem melhor a contaminação.

Já a lavoura de soja, no Paraná, observou uma eficiência maior do inseticida químico clorantraniliprole, em aplicações aérea e terrestre para o controle da lagarta-falsa-medideira (Chrysodeixis includens); desde que seja feito tratorizado e aérea com atomizador rotativo. 

A dosagem correta dos produtos biológicos ou químicos deve ser levada em consideração e é extremamente importante porque, ao mesmo tempo que pode ser eficaz, o exagero por fazer com que as pragas tornem-se resistentes. Além de permitir, claro, uma maior produtividade.

Também não se pode esquecer os novos modelos e sensores inteligentes, que proporcionam menor custo e maior precisão 

Para o pesquisador da Embrapa Clima Temperado (RS), José Martins, que participou do estudo, pesquisas em tecnologias aéreas de aplicação dos agrotóxicos pode agregar valor aos processos agrícolas e proporcionar ganhos de competitividade; ainda que sejam muito discriminadas.

- Esse aspecto pode ser alcançado conjugando os esforços para se obter maior qualidade e eficiência da aplicação em função do atendimento de questões fitotécnicas encontradas nos sistemas agrícolas, em conformidade com a preservação e conservação dos recursos naturais - explicou o pesquisador.

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