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A guerra do trigo

Os EUA esperam a maior crise no fornecimento de trigo em 16 anos. E o trigo impacta em praticamente toda indústria alimentícia – pães, macarrão e biscoitos.

Para driblar essa crise, o mundo terá que aceitar a imposições de Vladimir Putin, pois a Rússia é o maior exportador dessa commodity. No total, 26% do abastecimento mundial de Trigo está nas mãos de Rússia e Ucrânia. Entretanto ninguém sabe como serão as condições de colheita durante a guerra, mas é fácil prever uma quebra de safra por vários fatores: falta de mão de obra, falta de insumos e até perda de parte do território agrícola – cerca de 30% das terras produtivas ucranianas estão em zonas de combate.

A Rússia enfrenta um problema diferente. As sanções econômicas impostas pelos Estados Unidos e pela Europa são as mais pesadas já vistas. Além do cancelamento direto de negócios de alguns países, algumas nações estão impedidas de importar produtos russos, já que a Rússia está praticamente excluída do sistema internacional de transações financeiras (Swift).

A Argentina, sexto maior exportador de trigo à frente da Ucrânia, em virtude da crise avassaladora, terá dificuldade em sua colheita pela carência generalizada (de insumos, financiamento até óleo diesel). A Austrália, 4º maior exportador de trigo enfrenta uma seca terrível e calcula-se que terá uma quebra de 20% em sua colheita.

Ciente desse cenário, Putin, que já tem uma mão na garganta da Europa, dependente do seu fornecimento de gás, agora colocará a outra mão regulando o fornecimento dessa matéria prima fundamental para a alimentação dos europeus. Se você planta trigo pode comemorar, esse ano deveremos ter uma alta recorde nos preços.

 

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