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Demanda externa valoriza uva nacional

O mercado de uvas brasileiras está bastante agitado neste segundo semestre. Após novamente ter dificuldades climáticas no primeiro semestre (devido ao clima mais úmido no final de 2022/início de 2023), houve recuperação da produção no segundo semestre, período de menor umidade e clima favorável no Vale do São Francisco (PE/BA).

Mesmo com a recuperação da produção no Vale do São Francisco (PE/BA no segundo semestre, não está havendo excedente de oferta porque a demanda externa está aquecida, tanto na Europa quanto no mercado norte-americano, limitando os excedentes da fruta no mercado doméstico.

Na Europa, a baixa oferta no continente antecipou a abertura da janela de exportação brasileira do segundo semestre, e a demanda já foi acima do normal desde o início de setembro. Além da menor disponibilidade de uvas locais, a oferta do Peru está sendo negativamente impactada pelo clima – assim como verificado para a manga, o El Niño trouxe mais calor e umidade às áreas de uva. 

Porém, no caso da uva, as altas temperaturas aceleraram o ciclo, e houve adiantamento do início da temporada. 

Além disso, no que diz respeito ao volume, deve haver prejuízos (estimados, por enquanto, em 30%), havendo até mesmo dúvidas se o país conseguirá manter sua posição de maior exportador mundial de uvas de mesa. Vale lembrar que além de reflexos no calendário e no volume, exportadores peruanos também estão enfrentando problemas fitossanitários e de qualidade.

Já pensando no mercado dos Estados Unidos, também há influência da menor produção peruana, mas outro fator relevante foi a diminuição da produção na Califórnia. O estado, importante produtor de uva de mesa nos EUA, foi atingido pelo furacão Hilary, havendo perdas significativas, exceto de variedades precoces, que já estavam com a colheita concluída.

Neste cenário, produtores brasileiros estão vivenciando um período de altíssima demanda dos dois principais mercados internacionais, havendo inclusive reajustes de preço por parte dos europeus para atrair mais exportadores, já que o mercado norte-americano costuma ter valores superiores. 

Além disso, até mesmo variedades pouco exportadas pelo Brasil, como a BRS vitória, estão tendo boa procura internacional devido à escassez mundial da fruta.

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Fonte: hfbrasil

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