Maranhão caminha para alcançar status de 'zona livre de febre aftosa sem vacinação'
O Maranhão está muito perto de conquistar a nova classificação sanitária como zona livre de febre aftosa sem vacinação. O fato se deve a imunização do rebanho bovino e bubalino, que é obrigatória duas vezes por ano e que deverá ter sua última etapa realizada em abril de 2024.
Depois, o estado passará por estudos soroepidemiológicos que o habilitarão para o reconhecimento internacional, emitido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), previsto para maio de 2025.
Após a suspensão da obrigatoriedade de vacinação, os produtores rurais ainda terão que cumprir o compromisso de manter atualizado o cadastro de seus rebanhos junto à Agência de Defesa Agropecuária do Maranhão (AGED).
Presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Maranhão (FAEMA), Raimundo Coelho, comemorou:
“Esse é um resultado que esperamos há anos e estamos muito felizes de, finalmente, estarmos tão perto da certificação internacional. Desde 2011, quando fui secretário adjunto de agricultura do governo do estado, atuamos para que esse resultado chegasse”, lembra o presidente.
A decisão levantada na reunião com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) não interfere no calendário da campanha de vacinação contra a febre aftosa, que está em vigor até o dia 30 de novembro. A expectativa é que no período de março a maio de 2024 o estado receba especialistas que farão os estudos soroepidemiológicos com vistas à ampliação de áreas livres sem vacinação. Os resultados positivos desses estudos serão decisivos para que o Maranhão concorra ao reconhecimento internacional pela OMSA, o que está previsto para maio de 2025.
Em paralelo, de acordo com o que foi proposto na reunião desta quinta-feira, a partir de 01 de maio de 2024 o estado passaria a ter que cumprir algumas restrições no trânsito dos rebanhos, estando prevista a implantação de barreiras entre os estados do Maranhão e Piauí, e Pará e Amazonas, além da manutenção das barreiras entre BA/PI, BA/PE e SE/AL, para cumprir o período de 12 meses sem ingresso de animais vacinados nas zonas livres sem vacinação.
Para conquistar o título concedido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), uma série de etapas precisam ser cumpridas pelo governo do estado, setor privado e produtores rurais para que, após auditorias internacionais, finalmente o Maranhão alcance o reconhecimento. Uma dessas etapas é a atualização de dados do rebanho estadual, que é fundamental para o efetivo monitoramento sanitário estadual.
A atualização do rebanho deverá ser feita junto à AGED, órgão vinculado à Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária do Maranhão (Sagrima). A medida valerá tanto para rebanhos bovinos (bois e vacas) como bubalinos (búfalos).
No Brasil, os estados de Santa Catarina, Acre, Paraná, Rio Grande do Sul, Rondônia e regiões dos estados do Amazonas e de Mato Grosso já têm o status de livre da doença sem vacinação.
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