Perdas dos produtores paulistas de borracha superam R$ 1,5 bi


O Departamento Econômico da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (FAESP) realizou um estudo sobre os indicadores de preço disponíveis para a borracha natural e chegou à conclusão de que as perdas estimadas pela não adoção da referência de importação, calculada pelo Instituto de Economia Agrícola (IEA) podem ultrapassar R$ 1,5 bilhão.
Esse valor é uma estimativa da transferência de renda do heveicultor paulista para os demais elos da cadeia. O levantamento foi apresentado em reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Borracha, do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA).
A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) representa as Federações Estaduais e tem assento permanente na Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Borracha, amparada pelo MAPA – Ministério da Agricultura e Pecuária. A FAESP participou do encontro a convite do presidente da Câmara, Antônio Carlos Carvalho Gerin, uma vez que a Federação vem realizando um intenso trabalho em prol dos heveicultores, pela recuperação da competitividade do setor e pela elevação dos preços pagos pelo coágulo.
Dentre as ações realizadas pela FAESP, no início de agosto, foi apresentado ao Comitê Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior (GECEX/CAMEX) um estudo que serviu de embasamento técnico para o pleito de elevação da alíquota de importação da borracha natural TSR-20, de 3,2% para 22,0%, com vistas a elevar a competitividade do produto nacional. O pleito da FAESP, assim como o da CNA, foi parcialmente atendido, por meio da publicação da Resolução GECEX nº 516/23, que alterou a alíquota para 10,8%, com vigência de 29/08/2023 a 28/08/2025.
Em junho, a FAESP realizou uma capacitação virtual aos técnicos de Sindicatos Rurais para que estes se tornassem aptos a auxiliar produtores e sangradores de suas regiões a participarem dos leilões de PEPRO da borracha natural. Novas capacitações foram feitas em outubro, dessa vez no formato presencial e em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), a Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) e os Sindicatos Rurais, e com apoio da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), o Instituto Federal de São Paulo (IFSP) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), com foco no atendimento individual do produtor interessado em realizar seu cadastro no local.
“A FAESP vem realizando um forte trabalho, em conjunto com a CNA e outras instituições, para recuperar o setor da borracha, valorizando o produtor paulista e ao mesmo tempo beneficiando produtores de todo o País”, disse o vice-presidente da FAESP, Tirso Meirelles.
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