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Sem interferências externas, indígenas 'investem no agronegócio' no MT

Membros da comissão parlamentar de inquérito que investiga organizações não governamentais (CPI das ONGs) visitaram a comunidade indígena Haleti-Parecis, em Campo Novo dos Parecis (MT), nesta semana e constataram que que no local são produzidos grãos, inclusive para exportação, pela agricultura mecanizada.

Segundo o senador Mauro Carvalho (União-MT), que propôs a visita, a intenção foi mostrar a independência da comunidade, na produção milho e soja, de forma sustentável, ocupando pouca terra.

Plínio Valério, presidente do colegiado, afirmou que é esse o modelo de desenvolvimentismo que precisa ser adotado em outras comunidades indígenas, inclusive as isoladas:"Esses indígenas representam o lado que dá certo. Vamos colocá-los em contato com os nossos irmãos do Amazonas que também podem prosperar. Que essa diligência da CPI das ONGs sirva para espalhar esses conhecimentos e bom exemplo das comunidades do Chapadão dos Parecis para nossas lideranças indígenas do Amazonas e de todo território nacional dominados pelas perversas ONGs que recebem milhões para mantê-los no que eles próprios chamam de horto humano [pequeno terreno onde se desenvolve uma economia de subsistência]".

A avaliação de Plínio foi acompanhada por relatos de algumas lideranças da comunidade, que se transformaram em produtores agrícolas.

"Hoje os parecis conseguem caminhar sem as ONGs. Elas não estão aqui desde 1979. Queríamos que o Senado viesse aqui para escutar a voz da nossa associação, das cooperativas e das lideranças, com paz e harmonia, que é o ensinamento dos nossos velhos parecis. O que nós queremos é paz e harmonia para o processo de sermos desenvolvidos", afirmou Genilson André Kezomae, liderança empresarial local.
"Aqui não há indígenas na mendicância. Eles vão na farmácia e podem pagar, vão no restaurante e pagam suas contas. A autonomia do índio significa problema para aqueles que nos querem na miséria. Nós podemos plantar, nós podemos usar a terra", disse Arnaldo Zunizakae, presidente da Cooperativa Coopirahama.

O presidente da CPI defendeu que os empresários locais tenham acesso a linhas de crédito e pediu licenciamento ambiental para quatro cooperativas locais, de forma que também consigam plantar transgênicos em suas terras, o que hoje é proibido por lei.

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Fonte: Agência Senado

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