Sobe para 60, número de municípios em situação de emergência no Amazonas
Subiu para 60 o número de municípios em situação de emergência no Amazonas em razão da forte estiagem que atinge o estado. Até o momento, mais de 600 mil pessoas foram afetadas. Das 62 cidades do estado, apenas nos municípios de Presidente Figueiredo e Apuís a situação é de normalidade.
As informações constam do mais recente boletim divulgado pela Defesa Civil do estado, na tarde desta quarta-feira (25).
Segundo a Defesa Civil, 158 mil famílias foram afetadas pela seca deste ano. Em razão da seca no estado, o governador, Wilson Lima decretou, em setembro, situação de emergência em 55 dos 62 municípios do estado.
No período de janeiro deste ano a 24 de outubro foram registrados 18.090 focos de calor no estado, dos quais 2.500 na região metropolitana de Manaus. Somente em outubro, até o momento, foram 3.288 focos, mais do que o dobro do mesmo período do ano passado, quando foram notificados 1.335 focos de calor.
Em Manaus, a seca é a pior em 121 anos. A cota do Rio Negro nesta quinta-feira (26) está em 12,70m, a menor já registrada desde 1902, quando começaram as medições do volume do rio. O recorde de alta foi de 30,02 metros em 16 de junho de 2021.
O cenário coincide com o momento em que se intensifica o fenômeno El Niño, caracterizado pelo enfraquecimento dos ventos alísios (que sopram de leste para oeste) e pelo aquecimento anormal das águas superficiais da porção leste da região equatorial do Oceano Pacífico.
Essas mudanças na interação entre a superfície oceânica e a baixa atmosfera ocorrem em intervalos de tempo que variam de três a sete anos e têm consequências no tempo e no clima em diferentes partes do planeta. Isso porque a dinâmica das massas de ar no Oceano Pacífico adota novos padrões de transporte de umidade, afetando a temperatura e a distribuição das chuvas.
Em 2010, quando o Rio Negro enfrentou outra seca severa, registrando um nível de 13,36 metros, o menor da sua história até ser superado na estiagem deste ano.
A previsão é do retorno das chuvas, no início de novembro, como ocorre todos os anos.
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Com informações da Agência Brasil