A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) promoveu um seminário online para ajudar empreendedores rurais brasileiros, inscritos no projeto Agro.BR, a impulsionarem suas exportações de mel e derivados.
O Agro.BR é uma iniciativa da CNA, realizada em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), para auxiliar pequenos e médios produtores a fechar negócios com outros países, diversificando a pauta de exportações do agro.
O consultor do Agro.BR na Bahia, Roberto Vianna, afirmou que o conteúdo do seminário foi pensado diante das demandas da apicultura no país.
“Ao longo dos anos, a produção de mel e derivados cresceu e o consumo permaneceu o mesmo, então percebemos que o comércio internacional é uma saída para os produtores”, disse o consultor.
O apicultor Marcelo Farias, da startup Digital SCI, lembrou que, no início, a apicultura brasileira era restrita às regiões mais frias, mas com a mistura de raças, o animal se tornou mais adaptável ao clima quente.
Marcelo pontuou os benefícios do trabalho de polinização das abelhas na agricultura. Segundo ele, aumenta o vigor das sementes e a produtividade, torna as sementes mais pesadas, as frutas ficam mais bonitas e maiores e os alimentos mais nutritivos.
“A polinização natural é extremamente importante e devemos valorizá-la no país, pois o custo da polinização manual é muito alto”.
O apicultor informou que o fluxo virtual de polinização demonstra como o mercado global – em particular os países mais desenvolvidos – está demandando excessivamente os serviços de polinização dos países em desenvolvimento.
“No caso do Brasil, os serviços são fortemente destinados para Europa e Estados Unidos, principalmente devido ao mercado de café, soja e algumas frutas”.
Em relação à certificação, Marcelo afirmou que esse processo começa na produção e deve ser controlado até o produto final entregue ao consumidor.
“Hoje, a rastreabilidade está sendo exigida em toda cadeia produtiva, até os consumidores estão buscando essa ferramenta nos produtos”.
Maurício Manfré, do Conselho Brasileiro das Empresas Comerciais Importadoras e Exportadoras (CECIEx), explicou que os empresários rurais que têm interesse em exportar precisam encontrar um cliente comerciante.
“Se eu quero vender o meu produto para um consumidor, preciso encontrar uma empresa comercial exportadora. Elas aceleram a exportação indireta e direta; têm habilidade comercial e operacional internacional; têm experiência internacional e têm carteira de clientes no exterior”.
Para o conselheiro, a parceria entre indústria e comercial exportador permite que o sucesso nas exportações seja alcançado quando cada uma se dedica ao que faz de melhor. “A função dos produtores é produzir com qualidade, quantidade e segurança e a dos comerciantes é vender”.
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Fonte: CNA