
As exportações de carne bovina do Brasil para a China, principal cliente do país, caíram incríveis 25% em volume em abril deste ano.
De acordo com dados da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), entidade que monitora o mercado, o montante comercializado também resultou em um tombo considerável na receita de 43%; já que os preços aplicados estavam muito mais baixos.
Os produtores conseguiram vender para o gigante asiático 140.709 toneladas de carne em abril e receberam, ao todo, 626,9 milhões de dólares. Esse valor, no entanto, está muito abaixo do registrado no mesmo período de 2022; quando a tonelada era comercializada a 5.916 dólares. Em 2023, passou para 4.455, uma perda de 24,7%.
O primeiro quadrimestre deste ano é muito inferior ao mesmo período de 2022. No ano passado, de janeiro a abril, a receita das exportações somente para o país de Xi Jinping foi de US$ 2,2 bilhões. Em 2023, não ultrapassaram US$ 1,326 bi.
Provavelmente, isso ocorre porque, entre 2019 e 2021, o boi gordo supervalorizou e os pecuaristas desenvolveram bastante a produção; só que, agora, eles têm uma oferta grande e o mercado os obriga a receber um valor mais barato.
Mas também, há outro diferencial no mercado: a China tem comprado mais carne suína, tanto os in natura quanto os processados. Em abril, por exemplo, a alta foi de 16,6% na comparação anual, segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).
No acumulado do ano até abril, as exportações da carne suína embarcaram 379,4 mil toneladas um crescimento 15,9% maior que o mesmo periodo do ano anterior.
Em comunicado, a Abrafrigo não quis comentar as possíveis razões da diminuição de volume nos embarques de carne bovina para a China.
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