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Paraná é pioneiro na pesquisa de búfalos em sistema agroecológico

Para aqueles que imaginam que a criação de búfalos é viável apenas em locais quentes e úmidos as pesquisas da Estação Experimental do IDR-Paraná (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná - IaparEmater), da Lapa, mostram o contrário.

Desde 2009, a criação de búfalos em sistema agroecológico, empregando-se manejo simples do rebanho no que se refere à alimentação, sanidade e reprodução dos animais, tem apresentado resultados promissores na produção de leite e carne.

Segundo a Associação Paranaense de Criadores de Búfalos (ABUPAR) a produção mundial de leite de búfala representa 12,8% do total do leite produzido. A carne de búfalo tem em média 40% menos colesterol, 12 vezes menos gordura, 55% menos calorias, 11% a mais de proteínas e 10% a mais de minerais do que a carne de boi.

O pesquisador e veterinário José Lino Martinez, responsável pelo projeto no IDR-Paraná, enfatiza que a bubalinocultura apresenta vantagens quando comparado aos bovinos. 

“A rusticidade dos búfalos, o custo de produção menor, a facilidade no manejo do rebanho, os bons índices zootécnicos e a demanda crescente do leite de búfala têm feito alguns produtores migrarem dos bovinos para os bubalinos. E, ao contrário do que se imagina, os búfalos são extremamente dóceis”, afirma.

Martinez explica ainda que o rendimento do leite de búfala é superior ao de vaca na produção de laticínios. 

“Para se fazer 1 kg de queijo muçarela gasta-se, em média, 6 litros de leite búfala, enquanto com o leite de vaca são necessários de 9 a 10 litros”. 

Comercialização

Para Martinez existe um mercado emergente para a muçarela de búfala, sobretudo para a produção orgânica. No Brasil a Associação Brasileira de Criadores de Búfalos (ABCB) criou um selo de pureza para evitar fraudes com produtos de origem bovina, destacadamente a muçarela e as carnes. 

"É aconselhável que os produtores se organizem em cooperativas para que possam agregar valor aos produtos bubalinos e atingir uma escala de produção e comercialização diferenciada para esse produto tão inovador”, explica.

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Fonte: IDR-Paraná

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