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Apesar das chuvas, semeadura do milho alcança 55% no RS

A área semeada de milho no estado do Rio Grande do Sul alcançou 55% da projeção de cultivo. As regiões Oeste, Noroeste e Norte do Estado estão próximas de concluir a semeadura. No entanto, nas regiões Sul, Central e Nordeste, o progresso do plantio foi prejudicado devido às chuvas, que ocasionaram encharcamento e excesso de umidade no solo. 

Essas condições inviabilizaram o trânsito de maquinário agrícola e, em alguns casos, afetaram negativamente a germinação das sementes.

Para a Safra 2023/2024, projeta-se cultivo de 817.521 hectares com o cereal. A produtividade prevista é de 7.414 kg/ha. Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, na Fronteira Oeste, em alguns municípios onde as chuvas foram menos volumosas, foi possível realizar tratos culturais importantes, como aplicações de fertilizantes nitrogenados e potássicos, bem como pulverizações para controle de plantas daninhas e de cigarrinha.

Nas lavouras de maior nível tecnológico, são aplicados fungicidas de forma preventiva. Em Alegrete, o plantio foi concluído, mas espera-se que as chuvas cessem para que ocorra o adequado processo de germinação e estabelecimento das lavouras. Em Manoel Viana, os produtores estão utilizando aviação agrícola para a aplicação de fertilizantes em cobertura e para as dessecações nas área onde não é possível o trânsito de máquinas em razão da alta umidade do solo.

Já se observa boa reação no desenvolvimento das plantas, apesar do estresse causado pela umidade excessiva, falta de radiação solar e incidência de ventos fortes. Em São Borja, foi observado o estiolamento das plantas nas localidades em que há maiores acumulados pluviométricos, processo que também decorre da falta de luminosidade. Ocorreu granizo em algumas áreas, interferindo no desenvolvimento da cultura.

Na de Caxias do Sul, a semeadura ficou estagnada, e foram semeados apenas 3% da área esperada para a safra. As lavouras apresentam boa germinação, porém o desenvolvimento inicial está muito lento em função da baixa luminosidade, ocasionada por dias nublados e chuvosos.

Na de Frederico Westphalen, as boas condições climáticas dos últimos dias promovem o desempenho inicial adequado e possibilitam que os produtores apliquem adubação nitrogenada. As lavouras já estabelecidas estão submetidas à grande pressão de cigarrinha e, em muitos casos, de lagarta.

Na de Ijuí, as lavouras estabelecidas apresentam excelente desenvolvimento; ocorre emissão rápida de novas folhas e crescimento vigoroso do colmo. Houve aumento da taxa de crescimento em função dos dias mais quentes. A umidade de solo adequada permitiu que os produtores realizassem a distribuição da adubação nitrogenada em cobertura.

Na de Santa Maria, devido ao grande volume e ao longo período de chuvas, algumas lavouras semeadas não uniformizaram a germinação, o que provocou o apodrecimento das sementes. Essa situação tem ocorrido em muitos municípios, como em São Vicente do Sul.

Na de Santa Rosa, continua excelente o aspecto visual das lavouras. Desde 21/09, são realizados trabalhos de controle de invasoras e aplicação de adubação nitrogenada em cobertura, contribuindo para a boa aparência. Muitos produtores estão reaplicando nitrogênio em razão das perdas na primeira aplicação por lixiviação. Os grandes volumes de chuvas e as diversas aplicações de inseticidas contribuíram para a redução do ataque de cigarrinha, mas ainda há preocupação com a doença do enfezamento, disseminada pelo inseto.

Há relatos de controle efetivo de cigarrinha por meio do uso preventivo do fungo Beauveria bassiana. Na de Soledade, algumas áreas recém-semeadas apresentaram problemas de emergência devido à formação de crostas de solo na linha de semeadura, causada pelas fortes chuvas. De maneira geral, as lavouras estão bem estabelecidas, e o crescimento e desenvolvimento são favorecidos pelas temperaturas, que se mantiveram elevadas na semana. Apesar das chuvas frequentes, que reduzem a luminosidade, a radiação solar também foi satisfatória.

Comercialização (saca de 60 quilos)

Segundo o levantamento semanal de preços realizado pela Emater/RS-Ascar no Estado, o valor médio apresentou aumento de 0,53% em relação à semana anterior, passando de R$ 52,88 para R$ 53,16.

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Fonte: Emater/RS

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