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O Agro não pode ser penalizado na reforma tributária, alerta Nilson Leitão (Assista)

O temor pelo aumento da carga tributária brasileira, com a aplicação de uma reforma em discussão no Congresso Nacional com interesse do governo federal, preocupa demais o setor, segundo avaliação do presidente do Instituto Pensar Agro, Nilson Leitão.

Em entrevista ao canal Fator Político BR, ele destaca que o setor “não pode ser penalizado”. 

“A reforma tributária deve ser feita, como está sendo feita pelo congresso, para a simplificação e desburocratização, e não redistribuição daquilo que precisa ser cobrado. Não adianta querer vir ‘sangrar’ o agro como se fosse o vilão”, disse.

Nilson Leitão destacou que o produtor brasileiro deo agronegócio está em 22º lugar do mundo em incentivo fiscal e o Brasil está entre os quatro países que mais produzem alimentos e fornecem para 180 países.

“Se a nossa vocação é produzir alimentos, como é possível onerar a produção?”, pergunta. 

Outro destaque de Nilson Leitão é que os “concorrentes” do agro não são a indústria, o comércio e nem o setor de prestação de serviços. “Nossos concorrentes são a Austrália, Argentina, Holanda, Ásia e a Europa. Quem produz alimentos são nossos concorrentes.”

As condições de produção nestes países, incluindo o recolhimento de impostos, dão mais chances de que conquistem e ocupem mercados, adverte o presidente.

“Esse debate [de alteração nos tributos] não deve nem passar perto de questões ideológicas ou partidárias”, adverte.

A defesa

A reforma tributária não deve taxar o agro e não deve ser obstáculo para o crescimento, segundo Nilson Leitão. “Temos uma logística de péssima qualidade, que pesa em cima de quem produz e paga caro para transportar, enquanto que o correto é defender a produção na base e defender o final, o consumidor, para que ele não pague mais caro pela cesta básica por conta de tributos”, disse Nilson Leitão sobre como o setor precisa ser defendido.

“O agro defende que não se deve taxar o produtor brasilquero que não tenha renda suficiente e que não tem cultura ligada ao fisco e que não tem estrutura para poder ter um contador. Nós estamos falando aqui de mais de 90% dos produtores brasileiros. O pequeno e o médio produtor ainda tem que avançar muito, porque ainda falta a ele estrada, energia. Praticamente 70% da nossa área rural ainda tem energia monofásica, ainda não tem internet. Então, não se pode aplicar a mão pesada do fisco em cima daqueles que vivem praticamente da subsistência”, afirmou.

Veja a entrevista completa:

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