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RS contabiliza prejuízos com passagem de ciclone

Dois bilhões de reais. Este é o valor estimado de prejuízos causados pela passagem de um ciclone por mais de 100 cidades do Rio Grande do Sul na primeira semana de setembro, com registro de pelo menos 47 mortes - a maior tragédia ambiental do estado, segundo a Defesa Civil estadual.

O ciclone provocou a ocorrência de chuva de granizo, vendavais acima dos 100 km/h e tempestades, além de enxurradas e inundações, deslizamentos, queda de árvores e de casas.

A Defesa Civil divulgou que ainda há nove pessoas desaparecidas, 3.130 pessoas que foram resgatadas, 4.898 desabrigados e 20.973 desalojados, em um total de 354.701 pessoas afetadas. 

As regiões Norte, Serra e Vale do Taquari foram as mais atingidas, com danos em 102 cidades.

Agro afetado

A Emater/RS-Ascar (Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural) contabilizou que a maioria dos pequenos agricultores foram prejudicados na região do Vale do Taquari, com perdas de produção, rebanho e infraestrutura. 

Produtores de hortaliças, frutas e legumes; da avicultura, suinocultura e pecuária leiteira, além de setores da indústria, tiveram perdas estimadas em R$ 320 milhões, com prejuízos em 1.192 casas, 621 galpões, 12 armazéns, 116 silos, 25 estufas de fumo, 25 estufas/túneis plásticos para horticultura, 128 açudes (piscicultura/irrigação), 53 aviários e 45 pocilgas, segundo a Emater.

Ao todo, foram afetadas 665 localidades e 10.787 propriedades rurais, com a morte de  29.356 animais, entre bovinos de corte e de leite, suínos e aves; 370 caixas de abelhas e 35,5 toneladas de peixes danificados e mortos, respectivamente, em 346 unidades produtoras. 

“Essas são informações gerais de todo o setor agropecuário. Mas a Emater/RS-Ascar está trabalhando no levantamento de perdas, produzindo laudos que geram informações técnicas eficientes e coordenando outras estratégias junto às famílias atingidas”, afirmou Valdecir Luis Folador,  presidente da Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul, por meio da assessoria de imprensa da entidade.

O levantamento ainda mostra que 1.616 produtores tiveram perdas na produção de grãos, 88 na fruticultura, 2.691 no fumo e 198 na olericultura.

Foram atingidos 1.880 hectares de pastagem nativa, 10.730 hectares de pastagem cultivada e 50 hectares de silagem, em 1.022 unidades produtoras. Também houve perda de 35,5 mil pés de eucalipto.

Leite

A produção de leite perdida chega a 500 mil litros, de 813 produtores, por conta do fenômeno. 

Marcos Tang, presidente da Gadolando (Associação de Criadores de Gado Holandês), do Rio Grande do Sul, avaliou a situação, durante entrevista a um site de Caixas do Sul

“Mais de 800 produtores de leite de várias cidades gaúchas, principalmente das regiões da Serra e do Vale do Taquari, foram atingidos diretamente com danos na estrutura das suas instalações, assim como com a morte de animais”, disse.

Tang disse que a queda “costumeira” dos preços do leite entre julho e setembro, associada aos prejuízos dos temporais, desestimula produtores. “A queda do litro de leite pago ao produtor nos meses de junho, julho, agosto e setembro, período de entressafra quando historicamente ocorre uma melhor remuneração, aliada agora com o excesso de chuvas e inundações, provocam desânimo no setor”, disse.

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