Não há risco de novo ciclone extratropical no Estado; número de mortes chega a 41
Um alerta emitido pelo Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) indica que um forte volume de chuvas deve atingir cidades do Rio Grande do Sul que foram afetadas por um ciclone no início da semana. Há previsão de chuva de 100mm no Vale do Taquari até o amanhecer deste sábado (9). Cada milímetro corresponde a um litro de água por metro quadrado.
A formação de temporais deve atingir a região centro do Estado, onde ficam cidades como Muçum, Roca Sales, Lajeado e Cruzeiro do Sul, com distâncias entre 100 e 200 quilômetros de Porto Alegre.
Nestas regiões há um total de 79 cidades afetadas, com cerca de 11 mil pessoas desabrigadas ou desalojadas; outras 3.100 levadas para abrigos públicos e há 25 desaparecidos em Muçum, Arroio do Meio e Lajeado, com um total de 41 mortes, segundo dados atualizados pelo governo estadual.
O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, deve visitar cidades atingidas pelo ciclone, no domingo, dia 10, com ministros e políticos do Estado.
O Inmet afirma, porém, que o temporal não será duradouro como o anterior e que não devem ocorrer alagamentos, com deslocamento da frente fria para o oceano. Outros estados do Sul não devem ser atingidos.
No feriado da Independência, as chuvas ganharam intensidade em praticamente todo o Estado, na formação da frente fria que terá sequência por cerca de 36 horas. Choveu na madrugada desta sexta em cidades das regiões Central e Leste, segundo a Defesa Civil.
Para receber alertas por celular, moradores precisam enviar mensagem de SMS para o número 40199 e informar o CEP de onde mora. As mensagens são grátis.
El Niño
A formação de ciclones consecutivos de alta intensidade é classificada como comum, nesta época do ano, no Sul do Brasil e em países vizinhos, como Uruguai e Argentina, devido à variação de temperatura causada pelo fenômeno El Niño, em atividade desde o primeiro semestre, dois anos depois de “predominância” do La Niña, que é caracterizado por períodos de seca.
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