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Ciclone mata 21 pessoas no RS em menos de 24 horas

Somente em Muçum morreram 15 pessoas; a cidade está isolada, sem comunicação

O governo do Rio Grande do Sul confirmou a ampliação da tragédia que atingiu o estado, nesta semana, com a formação de um ciclone extratropical que atingiu 66 cidades e deixou 21 mortes e 4,7 mil pessoas desabrigadas ou desalojadas, em menos de 24 horas. As informações foram divulgadas na tarde desta terça-feira (5).

Quinze mortes ocorreram em Muçum, na região central do estado e a 150 quilômetros da capital Porto Alegre. As outras mortes ocorreram em cidades da região Norte desde a formação de um ciclone extratropical, na segunda.

A Defesa Civil estadual divulgou que a maioria das mortes em Muçum foi causada por alagamentos ocasionados pela cheia do rio Taquari, que corta a cidade. Casas, escolas, o comércio e até o único hospital da cidade foram atingidos. Moradores se abrigam em cima de telhados e árvores.

Todos os quatro acessos por estradas à cidade foram bloqueados por deslizamentos. A rede de eletricidade foi desligada por segurança e não há sinal de telefone nem internet disponível. A cidade tem 4,5 mil moradores, segundo o IBGE.

Uma ponte de tráfego de trens e veículos foi arrastada pela água, entre Brochado da Rocha e Roca Sales. Não houve feridos.

O governo estadual anunciou que prestará auxílio a famílias atingidas.

Em Jupiá, no oeste de Santa Catarina, o motorista de um carro morreu após o veículo ser atingido por uma árvore. Os ventos chegaram a 110 km/h nesta terça. Houve feridos em Balneário Camboriú e em Itajaí.

Mais chuva

O meio da semana será de tempo instável, com riscos de novos estragos causados por chuvas e ventos em quatro estados do Sudeste: norte e leste de São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e em grande parte de Minas Gerais. A previsão é do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia).

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