Pesquisadores querem a preservação de sítios arqueológicos indígenas no MT


Pesquisadores e 14 caciques xavante reivindicam com urgência a identificação, registro e preservação dos sítios arqueológicos que constituem antigas aldeias em Mato Grosso e que não estão demarcadas.
O documento foi enviado ao Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), ao Ministério Público Federal (MPF) e à Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), após pesquisa em campo, coordenada pela arqueóloga e professora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) Cláudia Plens, que encontrou uma vala comum na Terra Indígena de São Marcos (MT).
No mês de junho deste ano, os pesquisadores fizeram entrevistas com líderes e anciões da etnia xavante de Marãiwatsédé, além de deslocamentos por estradas vicinais de livre acesso. Com isso, foi identificada a localização de antigas aldeias que atualmente se encontram dentro de terrenos particulares.
De acordo com o documento, a aldeia mais antiga dentre as identificadas pelos pesquisadores – chamada Bö’u – apresenta sítio arqueológico preservado, mas dentro de propriedade privada e, por isso, em situação de ameaça.
Em 1966, a população xavante de Marãiwatsédé foi removida de seu território tradicional para a região de São Marcos, localizada a cerca de 500 quilômetros (km) de distância, onde viviam outros grupos xavante, em um contexto de epidemia de sarampo. Dezenas de indígenas foram acometidos pela doença e morreram em poucos dias. Os mortos foram enterrados em uma vala comum na terra indígena.
O Ministério Público Federal em Mato Grosso confirmou o recebimento do documento. “O 2º Ofício de Populações Indígenas e Comunidades Tradicionais fará a análise preliminar das informações relatadas e definirá os próximos passos.
Siga as nossas redes sociais:
Siga o Jornal do Agro Online no Telegram e receba diariamente as principais notícias do Agro:
https://t.me/jornaldoagroonline
Curta nossa página no Facebook:
https://www.facebook.com/profile.php?id=100090837996028
Instagram: https://www.instagram.com/jornaldoagroonline/
TikTok: tiktok.com/@jornaldoagroonline
Fonte: Agência Brasil