A Índia fornecerá 5 milhões de toneladas métricas de trigo e 2,5 milhões de toneladas de arroz para grandes consumidores, como moinhos de farinha, como parte dos esforços para aumentar a oferta e estabilizar os preços.
A informação foi divulgada pelo secretário de Alimentos, Sanjeev Chopra, em entrevista concedida nesta quarta-feira (8).
O país asiático é o segundo maior consumidor mundial de trigo e arroz e tem atuado forte para conseguir manter acessível o preço dos alimentos considerados básicos, por causa da altíssima demanda.
Entre as decisões tomadas recentemente, está a proibição das exportações de arroz branco não-basmati e a imposição de limites de estoque de trigo.
O país tem estoques adequados de trigo e arroz que o governo pode liberar no mercado aberto para estabilizar os preços, disse Chopra.
Segundo o governo, muitos comerciantes estavam preferindo manter estoques de trigo, do que vender à população, agindo de forma especulativa, na expectativa de que os preços subissem, mas o armazenamento do próprio governo é considerado alto, em cerca de 28,3 milhões de toneladas métricas, um aumento de 26,6 milhões de toneladas no ano anterior.
"As pessoas estão acumulando trigo na expectativa de que os preços subam, mas devem perceber que há estoques adequados com o governo", disse Chopra.
Outras medidas que poderão ser adotada pela Índia é o fim do importação de 40% sobre o trigo e reduzir o limite na quantidade de estoques de trigo que os moleiros e comerciantes podem manter.
Em julho, o governo indiano informou que a produção de trigo em 2023 foi 10% abaixo de 2022.
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Fonte: Reuters
